Ventilado nos últimos dias, o ingresso do presidente da Câmara de Santo André, Almir Cicote (PSB), no governo Paulo Serra (PSDB) é, na atual conjuntura, cada dia mais remoto. Após a saída da secretária-adjunta de Educação, Cleide Bochixio, mudanças na Pasta – atualmente chefiada por Dinah Zekcer (PTB) – chegaram a ser cogitadas e isso incluiria o vereador.

Na verdade, essa hipótese vem sendo ventilada não é de agora, mas esfriou após o entrevero envolvendo o presidente do Legislativo e a secretária de Saúde, Ana Paula Peña Dias, no mês passado, com direito a boletins de ocorrência, acusação de agressão e um breve distanciamento. Acalmados os ânimos, o burburinho só voltou a ganhar força.

No entanto, Cicote deve permanecer onde está e não é à toa. Na Câmara, entende-se, ele terá condições mais favoráveis para tocar o projeto de chegar à Assembleia Legislativa em 2018. Atrelado ao governo, a candidatura a deputado estadual correria riscos.

Inviabilizar a força política (e eleitoral) de seu nome seria a intenção do outro lado com o provável convite? Vale lembrar que políticos como Ailton Lima (SD), ex-prefeiturável, e Donizeti Pereira (PV), ex-vereador e presidente da Câmara, estão no primeiro escalão de Serra e já chegaram a cogitar candidaturas no ano que vem.

Escondido?

Ao contrário de Cicote, o também socialista Aidan Ravin parece não temer os efeitos que a entrada na atual administração poderia acarretar. Tanto ele quanto fontes do governo admitem publicamente conversas a respeito de um cargo no segundo escalão (fala-se na direção do CHM – Centro Hospitalar Municipal – ou do Hospital da Mulher).

O prefeito Paulo Serra não descarta ter o ex-chefe do Executivo andreense em sua equipe, mas não trata a questão como prioridade. Aidan também manifesta o desejo de se candidatar a deputado estadual em 2018 (assim como Cicote) e cogita deixar o PSB para ingressar nas fileiras do Podemos (ex-PTN).

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