Primeiro encontro dos prefeitos, sem Michels, tem apresentação de diretor e debate sobre piscinões
A primeira assembleia dos prefeitos, no Consórcio Intermunicipal Grande ABC, oficialmente sem a participação de Lauro Michels (PV), de Diadema, teve debate sobre a limpeza dos piscinões da região e a apresentação oficial de Leonardo Queiroz Leite, filiado ao PSDB, como diretor de Programas e Projetos da entidade. Ele vai atuar na recém inaugurada Casa do Consórcio, em Brasília.
O superintendente do Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), Ricardo Borsari, garantiu que até o final deste ano será feita a retirada do mato e entulho de todos os 19 piscinões do ABC, com verba de R$ 41 milhões liberada pelo governo do Estado. O objetivo é enfrentar o período de chuvas.
O prefeito de São Bernardo e presidente do Consórcio, Orlando Morando (PSDB), fez questão de frisar a todo momento a importância da integração das cidades. Sobre Diadema, ele afirmou que será executada judicialmente a dívida do município com a entidade (na casa dos R$ 10 milhões). Se não pagar, a cidade pode perder sua CND (Certidão Negativa de Débito), o que dificultaria o acesso a recursos para investimentos.
Nos bastidores, há quem garanta que o tema piscinões não veio à tona por acaso logo agora – pois não era incomum até pouco tempo cidades da região enfrentarem dificuldades para que o Estado cumprisse seu papel na limpeza. No início de junho, a encosta do reservatório localizado na Avenida Fábio Eduardo Ramos Esquível com o Corredor ABD, justamente na região central de Diadema (embaixo do pontilhão da rodovia dos Imigrantes), cedeu. A via foi interditada e o DAEE informou que as providências necessárias para a restauração da parede do piscinão e de parte da avenida serão tomadas, mas não forneceu prazos para a conclusão dos reparos.
Seria mesmo mais uma provocação? Pois, ultimamente, as picuinhas e os embates políticos tem sobressaído aos interesses dos moradores e da região como um todo. Fora que o Estado tem sido omisso em várias questões – como a manutenção da Avenida dos Estados – e tem ainda a demora para o envio de recursos federais (e estaduais) ao ABC por conta das crises política e econômica. Lastimável… É passada a hora de menos papo e mais ação!
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