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Governo de SP reclassifica Grande ABC para a fase laranja de flexibilização

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Justificativa é o aumento da capacidade hospitalar para enfrentamento ao novo coronavírus; toda a Grande São Paulo poderá reabrir comércio de rua e shoppings com restrições a partir de segunda (15) 

O governador João Doria (PSDB) apresentou nesta quarta-feira (10) a segunda atualização do Plano São Paulo para acompanhamento da evolução da pandemia de Covid-19 em todo o Estado. O aumento da capacidade de atendimento hospitalar garantiu à Região Metropolitana, que inclui as setes cidades do Grande ABC, avanço para a fase 2 (laranja) de flexibilização das medidas de isolamento com a retomada das atividades econômicas a partir do próximo dia 15.

Nos últimos 15 dias, o Governo de São Paulo intensificou a distribuição de respiradores e ampliou o número de vagas em UTIs para pacientes graves com coronavírus. “Nosso desafio é estar um passo à frente da pandemia, temos que garantir atendimento a todos. São Paulo se preparou profissionalmente e tecnicamente para enfrentar a pandemia. Estamos salvando cerca de 40 vidas por hora e evitando a contaminação de dez pessoas por minuto”, afirmou o governador.

A fase 2 (laranja) do Plano São Paulo permite a abertura de shopping centers (exceto as praças de alimentação), comércio de rua e serviços em geral (atividades imobiliárias, concessionárias de veículos e escritórios, por exemplo) de acordo com medidas restritivas: podem funcionar com capacidade limitada a 20%, horário reduzido para quatro horas seguidas e adoção dos protocolos padrão e setoriais específicos. Permanece proibida a abertura de bares e restaurantes para consumo local, salões de beleza e barbearias, academias de esportes em todas as modalidades e outras atividades que gerem aglomeração.

Desde o dia 27 de maio, quando Doria anunciou a transição da cidade de São Paulo para a fase laranja e a manutenção dos demais municípios da Grande São Paulo na fase vermelha (com permissão de funcionamento apenas para serviços essenciais), prefeitos vinham pressionando pela flexibilização da quarentena – aguardada desde o último dia 03. De acordo com os planos municipais, caberá agora a cada prefeitura determinar os horários e formatos para a retomada gradual, bem como a publicação de decretos adequando as normas locais de quarentena ao novo painel do Plano São Paulo.

“O isolamento social é chave nesse processo. Esse cenário só se garante com a cooperação da população e também com a liderança dos prefeitos nessa parceria com o Governo do Estado”, destacou a secretária de Desenvolvimento Econômico, Patricia Ellen.

Assim como a Região Metropolitana, a Baixada Santista e a área de Registro, no Vale do Ribeira, foram reclassificadas da fase vermelha para a laranja devido a melhora nos índices semanais de variação de casos confirmados, internações e mortes por Covid-19. Cinco regiões do Interior, porém, viram a contaminação acelerar e o Governo decidiu ampliar restrições a atividades econômicas não essenciais: Araraquara e Bauru voltam da fase 3 (amarela) para a 2 (laranja), enquanto que as áreas de Ribeirão Preto, Barretos e Presidente Prudente voltam à etapa 1 (vermelha) de máxima restrição.

Nas regiões de Araçatuba, Campinas, Franca, Marília, Piracicaba, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto, Sorocaba e Taubaté – que estão na fase 2 de retomada restrita desde o início do mês – houve estabilidade na maioria dos índices. Todas permanecem na mesma classificação até a próxima atualização, prevista para o próximo dia 17.

“Há uma tendência em todo o Interior de evolução da pandemia e o momento de controle, ao mesmo tempo que na Região Metropolitana de São Paulo, Baixada Santista e Vale do Ribeira a gente registra essa desaceleração”, acrescentou o Secretário de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi.

Números

Na média estadual dos últimos sete dias, houve redução na taxa de ocupação de leitos de terapia intensiva para Covid-19 de 72,6% para 69,1%, além de aumento na média de vagas por cem mil habitantes de 15,4 para 18,1. No mesmo período, o total de casos e mortes teve quedas reduzidas, de 1% e 3% respectivamente, mas as internações pela doença subiram 7%. No dia 25 de maio, o total de leitos de terapia intensiva no estado era de 6.542, foi a 7.134 no dia 1º de junho e, atualmente, é de 7.610. A previsão é que aumente ainda mais até o fim do mês.

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