Pela segunda vez, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes mandou soltar o prefeito de Mauá, Atila Jacomussi (PSB), que estava preso em Tremembé, no interior paulista. A decisão foi tomada na noite desta quinta-feira (14) e o político deixou o presídio no final da tarde desta sexta (15).
Além do prefeito afastado o ministro acolheu pedido da defesa de João Gaspar, ex-secretário da gestão Atila, que também estava na cadeia. Ambos são acusados de desvio de dinheiro público em contratos firmados com o município para fornecimento de merenda e uniformes escolares, no âmbito da Operação Trato Feito, deflagrada pela Polícia Federal.
Em junho do ano passado, Gilmar já havia liberado Atila da prisão. De acordo com os desdobramentos da operação da PF, no entanto, valores recebidos de empresários serviriam para o pagamento de mensalinho a vereadores da base aliada do governo. Em dezembro, o chefe do Executivo voltou a ser preso.
Mauá vem sendo interinamente administrada pela vice-prefeita, Alaíde Damo (MDB), mas o prefeito tem autorização para retomar suas funções. Ele enfrenta dois processos de impeachment na Câmara Municipal.
A defesa de Atila tentou barrar, sem sucesso, o andamento dos processos no Legislativo. Caso a tramitação siga normalmente, o afastamento definitivo do prefeito deve ser decretado em março.
Leia também:
Santo André busca apoio da iniciativa privada para viabilizar nova estação de trem