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Governo atualiza Plano São Paulo e flexibiliza bares, restaurantes e salões de beleza no ABC

Foto_planoSP

Enquanto as sete cidades da região avançam para a fase 3 (amarela), áreas do Interior retrocedem à fase de restrição máxima (vermelha); quarentena foi estendida até 14 de julho

O Governo do Estado de São Paulo reclassificou, nesta sexta-feira (26), o Grande ABC no Plano São Paulo, que trata da reabertura gradual da economia. Com isso, a região passa da fase 2 (laranja) para a fase 3 (amarela), que libera com restrições as atividades de bares, restaurantes e salões de beleza.

Além do ABC, a sub-região de Taboão da Serra avança à fase amarela de flexibilização. Esta é a quarta atualização do painel de fases da retomada econômica do Plano São Paulo, com extensão da quarentena até o dia 14 de julho

Nas demais três sub-regiões da Grande SP e outras sete áreas do Interior e Litoral permanece a fase laranja, com reabertura de 20% da capacidade de escritórios em geral, imobiliárias, comércio de rua, shoppings e concessionárias por quatro horas diárias.

“O sexto período da quarentena começa no dia 29 de junho e vai até 14 de julho. Estamos completando 100 dias de quarentena em 1º de julho. E o novo mapa do Plano São Paulo continua sendo uma ferramenta técnica muito importante para planejamento e execução de todo o combate à pandemia no Estado”, afirmou o governador João Doria (PSDB).

Medo de retrocesso

Em nota, o Consórcio Intermunicipal Grande ABC, que representa as prefeituras de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, informa que recebe com satisfação o avanço da região, atribuído à melhora de índices, capacidade de leitos de terapia intensiva para Covid-19 e ampliação de testagem em massa, além da compra de aproximadamente 14 milhões de equipamentos de proteção individual (EPIs) e de limpeza para as equipes de saúde dos sete municípios.

“Os prefeitos das sete cidades reconhecem que o avanço reflete a efetividade das ações conjuntas na região, mas apontam a necessidade de se manter a cautela e de acompanhar os números nos próximos dias para não haver nenhum retrocesso”, diz a nota.

Desde o início da pandemia, o entendimento das prefeituras é que a região deve seguir as mesmas diretrizes da cidade de São Paulo, devido à proximidade da região com a metrópole. Desta forma, assim como a capital, os sete municípios iniciarão estudos de protocolos para essas novas flexibilizações e farão uma avaliação até a próxima sexta-feira (03).

“As prefeituras do Grande ABC reiteram que a população deve continuar colaborando com o isolamento social e protocolos de higiene, saindo de casa somente se for estritamente necessário, para mitigar os danos da contaminação pelo novo coronavírus”, completa o texto.

Atualizações

Na fase amarela, a flexibilização prevê abertura limitada a 40% da capacidade de todos os setores previstos na laranja e seis horas de expediente, além da retomada controlada e parcial de atendimento presencial em salões de beleza e barbearias, bares e restaurantes – o consumo local só será liberado em áreas arejadas e segundo rígidos protocolos sanitários estabelecidos no Plano São Paulo.

As regiões que estão na fase vermelha são as de Araçatuba, Bauru, Franca, Marília, Piracicaba, Presidente Prudente, Registro, Ribeirão Preto e Sorocaba. Já na etapa laranja ficam as áreas de Araraquara, Baixada Santista, Barretos, Campinas, São João da Boa Vista, São José do Rio Preto e Taubaté, além das sub-regiões Leste (Alto Tietê), Norte (Franco da Rocha) e Oeste (Osasco) da Grande São Paulo.

Apesar do aval do Governo do Estado para o avanço à fase amarela em parte da Região Metropolitana de São Paulo, a recomendação é para que as prefeituras só liberem o atendimento presencial em salões de beleza e barbearias, bares e restaurantes a partir do dia 06 de julho. O Prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), já adiantou que vai seguir a orientação de médicos e especialistas do Centro de Contingência do Coronavírus.

Comportamento da pandemia

Na média estadual, medida a cada sete dias e fechada na última quarta (24), houve redução na taxa de ocupação de leitos de terapia intensiva para Covid-19 de 66,5% para 65,5%, além de aumento na média de vagas por cem mil habitantes de 19,1 para 19,7.

Na mesma comparação do período atual ao anterior, a média estadual de casos de infectados por coronavírus subiu 35%, enquanto que a taxa de internações caiu 2%. A taxa semanal de mortes por Covid-19 subiu 11% em relação à reclassificação da semana passada.

Em números absolutos, o mês de junho, até esta sexta-feira (26), registrou 138.889 novos casos em relação a maio, que teve 81 mil infecções confirmadas no período. Já as internações de junho somaram 46.092, com queda em relação ao total de 46.735 do mês anterior. As mortes por Covid-19 em junho vitimaram 6.144 pessoas no Estado, ante 5.240 em maio.

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