Roberto de Lucena foi recebido pelo prefeito Kayo Amado, nesta segunda (17), no Iate Clube

Na manhã desta segunda-feira (17), na Baía de São Vicente Iate Clube, bairro Japuí, o prefeito Kayo Amado (Podemos) recepcionou o secretário de Turismo e Viagens do Estado, Roberto de Lucena, que anunciou o início de um estudo para que a primeira cidade do Brasil se torne o 1º Distrito Turístico Náutico do País. Também participaram do encontro o deputado estadual Paulo Corrêa Jr. (PSD), o presidente da Associação Comercial de São Vicente (ACSV), Alcides Antoneli, secretários municipais e vereadores.

“Em até 60 dias, apresentaremos ao Governo de São Paulo um plano estadual de turismo náutico. Mostraremos também um programa de desenvolvimento do setor, que será o maior do Brasil. E estamos discutindo para que o primeiro distrito turístico náutico do Brasil seja em São Vicente”, declarou Lucena.

O secretário explicou que este primeiro passo visa atrair as atenções da iniciativa privada. “É uma via de mão dupla entre investimentos públicos e privados. A grande virtude do distrito turístico é induzir investimentos ao setor privado. O atracadouro público é uma das possibilidades desenvolvidas em conjunto com a Assembleia Legislativa, Prefeitura e Estado.”

Estigma

Rica em história e belezas naturais, São Vicente foi, por muitos anos, estigmatizada negativamente. Segundo a atual gestão, o objetivo é mudar este cenário e resgatar no vicentino o orgulho por suas raízes. O prefeito aposta que os diálogos frequentes e a boa relação com os entes federal e estadual têm surtido efeitos.

Kayo Amado agradeceu o olhar atento das instituições envolvidas, almejando um novo rumo para o aniversário de 500 anos de São Vicente. “O lema da nossa cidade é ‘O Brasil Começa Aqui’. Foi por este caminho que os portugueses chegaram a este País e deram os primeiros passos da colonização. Hoje, prestes a completar 500 anos, estamos aqui para tentar redescobrir a história dessa cidade. O diálogo é a chave de tudo”, disse.

O chefe do Executivo ainda se inspirou no poeta português Fernando Pessoa e lançou um “Navegar é preciso”, sem deixar de pontuar as dificuldades enfrentadas pelo município devido à falta de recursos para o investimento turístico. Ele ressaltou que, dentre as quatro maiores cidades da Baixada Santista, São Vicente é a que recebe a menor verba DADE (Departamento de Apoio ao Desenvolvimento das Estâncias) – o recurso é disponibilizado pelo Estado para que municípios possam investir no incremento do turismo.

“Nossos investimentos são muito fatiados. Se tivermos a possibilidade de firmar parcerias com o Estado, o parlamento e a iniciativa privada, a gente consegue fazer essa cidade alavancar. A contagem regressiva para o meio milênio já começou”, completou.

Grupo técnico tem feito pesquisas e estudos, apresentados em evento com o secretário estadual, para impulsionar o turismo náutico e, consequentemente, a economia de São Vicente

Tour

Além do estudo divulgado pelo secretário estadual, o encontro contou com uma visita técnica por todo o setor náutico vicentino, tendo como meta a elaboração e o fomento de iniciativas e medidas para o crescimento dos segmentos de segurança marítima, ambiental, infraestrutura e pesca, sinalização náutica. O fortalecimento do turismo como mecanismo para o desenvolvimento econômico também mira na capacitação técnica e geração de emprego e renda.

“Conversei com o secretário do Estado para definirmos como podemos melhorar o turismo de São Vicente”, comentou o secretário municipal de Turismo, Paulo Bonavides.

Fomento

A administração municipal realizou uma série de pesquisas a fim de traçar um diagnóstico sobre o turismo náutico da cidade e apresentar sugestões que contemplem o setor. Nesta segunda-feira, as autoridades passearam pelas marinas e discutiram novas implementações para impulsionar o turismo e, consequentemente, a economia.

Um dos responsáveis pelo grupo técnico de trabalho da Prefeitura, André Cavallero, da Secretaria de Governo, apresentou algumas propostas para o fomento do setor náutico vicentino. Dentre elas estão a possibilidade do atracadouro público municipal, uma boutique de peixes, a reativação do Centro Náutico de remo e vela, instalação de ecobarreiras para a coleta de resíduos flutuantes, sinalização náutica, escola de capacitação técnica e sala rádio, entre outras.

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