Embora tenha promovido um evento com servidores para apresentar um balanço do quadro financeiro e fiscal da Prefeitura após 15 dias de administração – e questionar atos praticados durante o governo de seu antecessor -, o prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) fez questão de frisar que não vai ficar lamentando a situação. “Estamos aqui para trabalhar, não para chorar”, cutucou.
A declaração teve endereço certo, já que o ex-prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) passou quatro anos falando de uma dívida de cerca de R$ 264 milhões (montante em restos a pagar) que teria comprometido investimentos na cidade. Ele sempre culpou Auricchio (que governou São Caetano de 2005 a 2012) pela “herança”.
Entre as informações recém-divulgadas por Auricchio, no auditório do DAE (Departamento de Água e Esgoto), estão orçamento superestimado para 2017 (em vez R$ 1,3 bilhão previstos estima-se arrecadação de R$ 850 milhões); contratos ilegais e irregulares (caso do renovado com a empresa de transporte VIPE; também com funcionários, sobretudo da Saúde); falta de pagamento de fornecedores (e servidores); e excesso no quadro de terceirizados (1.300 funcionários foram exonerados de imediato e 30% dos cargos comissionados congelados).
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