O governo de São Paulo deu início nesta quarta-feira (10) ao plano de modernização da Linha 10-Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que passa pelo Grande ABC, com a entrada em operação de 12 novos trens. Da série 7000, as novas composições substituem as da série 2100 (dos conhecidos como trens espanhóis), que serão mantidas como frota de reserva.
A frota renovada conta com quatro portas (nos vagões do trem antigo eram apenas duas), o que deve facilitar o embarque e desembarque de passageiros. A expectativa é de substituição integral dos trens da Linha 10-Turquesa da CPTM, que liga a Estação Brás, na Capital, a Rio Grande da Serra e transporta 390 mil passageiros por dia. Seis trens da série 7500, também mais moderna, já haviam sido colocados em circulação recentemente.
O anúncio reuniu o governador em exercício, Rodrigo Garcia (DEM); o secretário dos Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy; o prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB); e o prefeito em exercício de Santo André, Luiz Zacarias (PTB). Eles viajaram da Estação Tamanduateí à Estação Brás, onde visitaram o Centro de Comando e Controle (CCO).
No último dia 03, o governador João Doria (PSDB) apresentou, na presença de prefeitos do ABC, um novo plano de mobilidade para a região. O projeto inclui a modernização da Linha 10-Turquesa, com a promessa de transformá-la num metrô de superfície, adequando seu padrão de qualidade.
A CPTM assinou, no início deste ano, convênio com a Prefeitura de Santo André para o desenvolvimento, em conjunto, dos projetos para a implantação de uma nova estação entre Prefeito Celso Daniel-Santo André e Capuava, nos arredores da extinta parada Pirelli. A região espera há anos pela revitalização de todas as estações do trecho.
BRT
A gestão Doria desistiu da construção do monotrilho que ligaria o ABC à Estação Tamanduateí, da Linha 02-Verde do Metrô, com estações em São Caetano, Santo André e São Bernardo. Anunciado há 10 anos, o projeto da Linha 18-Bronze dará lugar ao BRT (Bus Rapid Transit), sistema de transporte de massa por ônibus.
A justificativa para a substituição do modal foi a de redução de custos de obras e com desapropriações (de R$ 6 bilhões para R$ 680 milhões), além de gastos com manutenção. Para compensar, foi proposta a construção da Linha 20-Rosa do Metrô, ainda sem previsão, para ligar o bairro de Rudge Ramos, em São Bernardo, à região da Lapa, na Capital.
Apesar da promessa de conclusão do BRT em 18 meses, não se descarta uma batalha judicial entre o Consórcio Vem ABC – contratado para tocar o projeto do monotrilho da Linha 18-Bronze em regime de parceira público privada (PPP) – e o governo do Estado. Representantes alegam que o consórcio já gastou R$ 60 milhões nos preparativos para o início das obras e que a multa, em caso de rescisão de contrato, é de R$ 270 milhões.
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