O prefeito de São Caetano, José Auricchio Júnior (PSDB), evitou polêmicas sobre a declaração do presidente da Câmara, Pio Mielo (PMDB), de que não houve motivação política no fato de a escola infantil que leva o nome de seu pai (inaugurada em 2012) ter permanecido sem funcionar nos últimos quatro anos. Em conversa com o blog, após assinatura de decreto para retomada do programa “Bairro a Bairro”, o chefe do Executivo se limitou a comentar: “Isso pra mim é passado, meu negócio agora é trabalhar pela abertura e o preenchimento das vagas”.
A EMI (Escola Municipal Infantil) José Auricchio, que passará a ter a nomenclatura de EMEI (Escola Municipal de Educação Infantil), deverá funcionar em período integral, segundo o chefe do Executivo, podendo atender até 500 crianças (mas cogita-se 230 alunos, inicialmente). Em sessão extraordinária, na manhã desta quinta-feira (26), o primeiro passo foi dado: a aprovação da revisão de um artigo da lei que regulamenta o funcionamento de postos de combustível no município.
Agora, Auricchio vai enviar projeto específico sobre a escola (ao lado de um posto) para apreciação dos vereadores – e já conta com maioria a seu favor pelo que se viu no Legislativo. Tanto que a própria secretária de Educação, Janice Paulino César, já comemora a abertura do espaço e vem fazendo estudos para o preenchimento das vagas. Materiais vem sendo retirados do local para uma manutenção emergencial – o prédio vinha operando com outra finalidade: armazenamento de merenda (o depósito será transferido para a Secretaria de Educação). O ano letivo na rede municipal inicia em 13 de fevereiro.
“Bairro a Bairro”
A ideia é atender os 15 bairros de São Caetano até o final deste ano, sempre aos sábados (a partir de 11 de fevereiro), aproximando a população dos secretários e das ações do governo (como o Programa Saúde da Família e o Bota Fora, para recolhimento de entulhos). “A população espera transparência da nossa parte e será olho no olho”, disse Auricchio, mencionando que os vereadores Marcel Munhoz e Tite Campanella, do PPS, até tentaram fazê-lo desistir da ideia de já retomar o programa por acreditar que a população fará cobranças “que não lhes diz respeito” – referentes a demandas não atendidas pela administração anterior. “Ouvir as queixas é fundamental, assim como prestar serviços”, concluiu o prefeito.
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