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Estreante Hugo Prado deve assumir Câmara e Prefeitura de Embu das Artes; Ney Santos segue foragido

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Assim como o ocorre em Osasco, o clima político em Embu das Artes, também na Grande São Paulo, é de incerteza. Caso não consiga reverter decisões contrárias na Justiça, o prefeito eleito Ney Santos (PRB), que nem foi diplomado, não poderá assumir. O mesmo vale para seu vice, o médico ortopedista Peter Motta Calderoni (PMDB).

Sendo assim, o futuro presidente da Câmara Municipal deve assumir a Prefeitura. As articulações já começaram e Hugo Prado (PSB), de 28 anos, estreante na vida pública, tem tudo para comandar o Legislativo e o Executivo, sob as bênçãos do grupo político do prefeito eleito. Ney Santos desfruta do apoio da maioria (12 vereadores contra 05 na oposição; o aumento no número de cadeiras, de 15 para 17, foi aprovado em 2015 e passa a valer na próxima legislatura: 2017/2020).

A diplomação de Ney e Dr. Peter foi suspensa pela Justiça Eleitoral, com base em liminar do Ministério Público. Para completar, o Tribunal de Justiça de São Paulo negou, na última segunda-feira, dia 19, pedido de habeas corpus do prefeito eleito.

Ney é alvo da 1ª fase da Operação Xibalba (submundo na mitologia maia) e teve sua prisão preventiva decretada, sob acusação de envolvimento com a facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. As mesmas acusações recaem sobre Dr. Peter.

A operação foi deflagrada no dia 09 de dezembro por uma força-tarefa do GAECO (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) em Embu das Artes e outras cinco cidades (Cajamar, Osasco, Taboão da Serra, Carapicuíba e São Paulo). A defesa de Ney segue recorrendo das decisões desfavoráveis, enquanto ele continua foragido, na expectativa que diplomação e posse ocorram dia 1º.

Não é de hoje que Ney Santos é investigado por elo com o PCC. Ele já foi preso entre 2003 e 2006, acusado de roubar malotes de uma empresa de valores. Sua vitória em outubro quebrou a hegemonia do PT, que dominava a cidade desde 2001. O petista Geraldo Cruz, prefeito entre 2001 e 2008, teve sua candidatura impugnada por uso indevido de meio de comunicação.

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