O índice de satisfação com a gestão do prefeito Paulo Serra (PSDB), em Santo André, registrou queda no terceiro trimestre de 2017. É o que aponta pesquisa recente divulgada pela INDSAT.
De acordo com os dados, a aprovação do mandato do prefeito chegou a 27% (ótimo e bom) nos meses de julho, agosto e setembro. Do total de entrevistados, 44% disseram que a administração do tucano é regular. Ruim e péssimo somam 29%. Entrevistados com ensino fundamental são os mais satisfeitos: 33% deles avaliaram a gestão pública municipal de forma positiva.
No segundo trimestre, ótimo e bom somavam 36%, regular 41%, ruim e péssimo 23%. Já nos três primeiros meses de 2017 os índices chegavam a 42% (ótimo e bom), 40% (regular) e 18% (ruim e péssimo).
Pelo critério de pontuação adotado pelo instituto, o governo Paulo Serra tem agora 570 pontos (grau médio de satisfação), de um total de 1.000 possíveis. O prefeito iniciou seu mandato com 646 pontos (1º trimestre), uma diferença de 191 pontos em comparação ao último trimestre do ano passado.
O fechamento total de sete unidades de Saúde para revitalização, dentro do programa QualiSaúde, e a demora para o início das obras pode explicar a queda do grau de satisfação da população. Outros dois postos da cidade tiveram interrupção parcial no atendimento.
Apesar da queda na avaliação ao longo dos meses, o atual chefe do Executivo andreense conseguiu manter o índice de satisfação em administração pública maior que o registrado no final de 2016. Os atuais 570 pontos representam 115 a mais que os 455 registrados ao término do mandato de Carlos Grana (PT), que marcava na ocasião 13% de ótimo e bom, 33% de regular e 54% de ruim e péssimo.
A INDSAT realiza trimestralmente pesquisas de opinião pública com 4.000 entrevistas nas dez maiores cidades do Estado, com margem de erro de 1,55%. O intervalo de confiança é de 95%. A pontuação é calculada a partir de uma metodologia aplicada sobre os critérios de ótimo, bom, regular, ruim e péssimo.
Entenda o critério de pontuação INDSAT:
Menor que 350 pontos = Baixíssimo Grau de Satisfação
Entre 350 e 499 pontos = Baixo Grau de Satisfação
Entre 500 e 649 pontos = Grau Médio de Satisfação
Entre 650 e 799 pontos = Alto Grau de Satisfação
Igual ou maior que 800 pontos = Grau de Excelência
IPTU
Nesta quinta (23) foi realizada uma coletiva no Paço Municipal para tratar da revisão da Planta Genérica de Valores (PGV) em Santo André e, consequentemente, do reajuste nos carnês de IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) a partir de 2018. Um projeto foi enviado à Câmara estipulando limites para os aumentos (casas e apartamentos, por exemplo, não poderão sofrer variações maiores que 50% e 60%, respectivamente). É uma forma de amenizar o impacto das novas alíquotas no bolso dos contribuintes (poderiam ocorrer variações de até 1.000%).
O prefeito não participou do encontro. Ele foi representado pelo secretário de Gestão Financeira, José Grecco, e pelo superintendente da Unidade de Planejamento e Assuntos Estratégicos, Leandro Petrin. Segundo Grecco, com cerca de R$ 3,5 bilhões em débitos, o município precisa gerar recursos próprios, incrementando a arrecadação e corrigindo distorções.
“Desde 2002 não se atualizava o valor venal dos imóveis e hoje Santo André tem o metro quadrado mais caro do ABC. 84% das transações imobiliárias na cidade são feitas pelo valor de mercado e não pelo da Prefeitura”, disse. “Ao analisar o carnê, o munícipe vai ver que vinha pagando mais IPVA (Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores) que IPTU e pensar se é justo seu carro custar mais que seu imóvel”, completou Petrin, tentando minimizar possível desgaste político com a medida.
De janeiro a setembro deste ano, Santo André arrecadou R$ 252.259.942,15 com IPTU (o que representa 20% da receita). Uma expectativa de arrecadação de R$ 581 milhões para 2018 chegou a ser divulgada, mas o valor será revisado pois foi estimado antes do Projeto de Lei dos limitadores.
Para 2019 e 2020, o Executivo prevê apenas a reposição da inflação e, em 2021, caberá à nova gestão (ou caso Serra seja reeleito) fazer uma outra análise da PGV, conforme prevê a nova legislação (de quatro em quatro anos). Quem estiver em dia com os pagamentos até outubro do ano anterior, terá desconto de 5% no lançamento seguinte.
“Descontos também serão ampliados para quem tem mais de 65 anos e para quem é aposentado, atendendo a requisitos como ter só um imóvel na cidade”, explicou Grecco, que estima em 20% a inadimplência. Imóveis que seguirem com valor venal de até R$ 70 mil estarão isentos.
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