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Condesb solicita audiência com Tarcísio para falar sobre chuvas na região

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Prefeito de São Vicente e presidente do conselho que representa os municípios da Baixada Santista busca apoio do governo estadual para a solução de problemas crônicos

Nesta quarta-feira (06) o prefeito de São Vicente, Kayo Amado (Podemos), enviou um ofício ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) solicitando uma audiência para tratar dos constantes alagamentos e problemas causados pelas chuvas na Região Metropolitana da Baixada Santista. O documento foi enviado em nome do Condesb (Conselho de Desenvolvimento da Região Metropolitana da Baixada Santista) para o qual o chefe do Executivo vicentino foi eleito presidente no dia 20 de fevereiro.

“O problema das chuvas e dos alagamentos é regional e precisa ser discutido de maneira metropolitana. Nesse caso, não é somente o prefeito de São Vicente que está buscando o apoio do Governo do Estado. Falo em nome de todas as cidades da Baixada Santista, por meio do Condesb, que é o órgão que melhor representa os nove municípios. Um dos principais motivos pelos quais aceitei esse desafio foi por saber que muitas das nossas demandas não se resolvem de maneira isolada. Vivemos em uma região onde o que acontece em uma cidade causa reflexos em outras. Por isso precisamos unir forças para buscarmos as melhores soluções para todos”, afirma Kayo Amado.

O problema, que se tornou crônico na Baixada Santista, causa uma série de prejuízos à população como perda de bens, alagamentos em ruas, casas e estabelecimentos comerciais, além de equipamentos públicos como unidades básicas de saúde e escolas.

E os transtornos não são causados apenas pelas fortes chuvas: devido às características geográficas da região, a movimentação das marés também traz desafios importantes para todo o Litoral. O assoreamento, que consiste no depósito de detritos, lixo, areia e terra, entre outros, prejudica o escoamento da água favorecendo os alagamentos por causa da obstrução de rios e canais.

“Não adianta olharmos para o problema de maneira isolada, pois são múltiplos os fatores responsáveis por essa situação. As fortes chuvas, as mudanças climáticas cada vez mais intensas e a característica da movimentação das marés na Baixada Santista nos colocam em uma posição de desvantagem. Na natureza tudo muda e nós precisamos buscar novas soluções para um problema que nos atinge há anos. Precisamos pensar juntos”, afirma o presidente do Condesb.

Entre os assuntos que serão debatidos na audiência – ainda sem data definida e da qual também participarão os prefeitos dos municípios que compõem a Região Metropolitana da Baixada Santista (RMBS) – estão a realização de estudo sobre assoreamento na região ao longo dos anos, a implementação de ações e a alocação de recursos para o Programa Rios Vivos.

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