Esposa do ex-prefeito Francisco Rossi, Ana Maria Rossi (PR) já vem se preparando para a possibilidade de comandar a Prefeitura de Osasco a partir de 1º de janeiro. A situação de Rogério Lins (PTN) é complicada.
A defesa do prefeito eleito tenta uma autorização para que ele esteja na cerimônia de posse. Se não conseguir, a vice assumirá a cidade e Lins terá dez dias para reverter sua situação. Caso contrário, Ana Maria deixará o status de “prefeita em exercício” para assumir em definitivo.
Investigado na operação Caça-Fantasmas, Lins teve sua prisão preventiva decretada no dia 06 de dezembro, mas estava em viagem ao exterior e não se apresentou às autoridades. No total, 14 vereadores são investigados; 11 foram detidos e levados para a Penitenciária de Tremembé, no interior do Estado.
Na última segunda-feira, dia 19, o STF (Supremo Tribunal Federal), em decisão do ministro Luiz Fux, negou pedido de habeas corpus ao prefeito eleito de Osasco. A defesa de Lins terá de aguardar agora a avaliação do colegiado de ministros, que só vai ocorrer a partir de 06 de janeiro, devido às férias forenses.
Considerado foragido da Justiça, Lins mandou um representante, com procuração, para receber seu diploma de prefeito na Justiça Eleitoral, na sexta-feira, dia 16. Sobre a acusação de contratar funcionários públicos que não apareciam para trabalhar na Câmara Municipal – os chamados fantasmas -, a assessoria do prefeito eleito alega que ele sempre colaborou com as investigações do Ministério Público e que não há motivos para o pedido de prisão. Licenciado do cargo de vereador desde 28 de novembro, Lins nega, por meio de nota, “envolvimento com qualquer prática ilegal ou ato ilícito que possa induzir ao conceito de crime”.
Apesar da atuação política da família (o marido Francisco é ex-prefeito de Osasco e ex-deputado federal; e a filha Ana Paula, foi reeleita vereadora na cidade), Ana Maria participou de uma eleição pela primeira vez. A vice de Lins tem mais dois filhos: Ana Lúcia e Francisco Rossi Júnior.