Alice Caymmi e Catto encantam público com homenagens a Gal e Caetano na abertura do 13º Santos Jazz Festival

Artistas se apresentaram com a Orquestra Sinfônica de Santos e lotaram os Arcos do Valongo
Um mar de gente reverenciou a chegada do 13º Santos Jazz Festival na noite desta sexta-feira (25). O público admirou a apresentação de Alice Caymmi e Catto com a Orquestra Sinfônica de Santos, regida pelo maestro José Consani, numa abertura em grande estilo como merece o evento nos Arcos do Valongo, em Santos, e homenagens a nomes da nossa música como Gal Costa e Caetano Veloso.
“Cantar com a orquestra é a coisa mais linda, o que eu mais gosto de fazer e a Catto é uma das minhas melhores amigas. É uma honra sem tamanho e homenagear os artistas que mais me influenciaram minha vida inteira em todos os discos que eu gravei, todas as coisas que eu fiz, que permearam a minha história é algo muito grande”, disse Alice Caymmi, pela primeira vez no Santos Jazz Festival, que terá homenagens a B.B King e Elis Regina no fim de semana e atrações como o cantor Pedro Mariano (leia abaixo).
O debut de Catto também foi emocionante. ‘É muito surpreendente, diante da minha trajetória, que eu seja a cantora que homenageou a Gal Costa. E a melhor pessoa do mundo com quem eu poderia cantar com uma orquestra é a Alice, somos amigas há muitos anos. E eu acho muito chique estar no Santos Jazz, estar com uma orquestra, nem acredito que é de verdade”, comentou.
A diretora-executiva do Santos Jazz Festival, Denise Covas, enalteceu o local escolhido para a abertura. “A gente fica feliz com estas lindas homenagens a Gal, Caetano, B.B King e Elis. Ficamos felizes de trazer a orquestra pra este espaço que não tem limitação de público, foi maravilhoso abrir o festival nos Arcos do Valongo.”
Outras atrações
A noite de abertura seguiu com a primeira atração internacional, o americano Keith Dunn que se apresentou ao lado de Danilo e Nicolas, os The Simi Brothers. Depois foi a vez do samba de gafieira tomar conta dos Arcos do Valongo com Rosa Rosah, que misturou jazz e música afro-latina ao lançar o álbum “Som de Guizo”.
Para fechar com chave de ouro, o trombonista Joabe Reis, que esteve no Rock in Rio e participará do The Town, encantou a todos com seu ritmo e influências. Ele recebeu Vanessa Moreno que já esteve em outras edições do festival.
“O Santos Jazz Festival tem no DNA música boa, artistas renomados e a valorização dos nossos músicos locais, com o objetivo de democratizar o acesso e ampliar o repertório cultural em nossa região. Por isso, todas as nossas atividades são gratuitas para todos os públicos”, salientou Jamir Lopes, curador e diretor de produção do festival.
- Programação de sábado (26)
14h – DJ Mamuth
14h30 – Camerata e Coral do Projeto Guri
O Guri é um programa de educação musical da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativa do Governo do Estado de São Paulo, gerido pela Santa Marcelina Cultura.
15h30 – Quarteto Prêt-à-porter
O som do Quarteto Prêt-à-Porter, traz a sonoridade franco-americana em um divertido equilíbrio entre despojamento e requinte com o guitarrista Kadu Abecassis, a cantora Bárbara Dias, o baixista Tanauan Nogueira e o baterista Fabiano Guedes.
17h – Americana Jazz Big Band
São 17 músicos de excelência internacional da cidade de Americana (SP), profissionais formados nos melhores conservatórios e faculdades da região, que buscam proporcionar à população os aprendizados e o prestígio de uma apresentação ao público.
18h30 – Tributo aos 100 anos de BB King
No ano em que completaria 100 anos de vida e 10 anos da sua partida, B.B King, o “Rei do Blues” será um dos homenageados no Santos Jazz Festival por Big Chico. Com influências passando pelo blues tradicional, a sofisticação do jazz e toda a energia e balanço do soul, ele tem mais de 30 anos de carreira e participação em festivais pelo Brasil, Estados Unidos, Europa, Chile e Argentina.
20h- Ivan Mazuze & Ney Conceição + Banda
O moçambicano Ivan Mazuze é compositor, saxofonista premiado e artista de world jazz. Atualmente radicado na Noruega, iniciou sua formação musical na Escola Nacional de Música de Moçambique em 1987, onde estudou piano clássico antes de migrar para instrumentos de sopro, com foco em improvisação jazzística.
Ney Conceição é um dos mais respeitados nomes do contrabaixo no Brasil e traz sua experiência em diversos gêneros com técnica refinada e musicalidade que impressionam plateias mundo afora.
21h30 – Michael in Jazz com Gibi Wagner & Gab Veneziani + Banda
Gibi Wagner, talentoso artista da cena musical caiçara, é conhecido pelos seus trabalhos com as bandas Casarasta e Musirama nas noites santistas. Gab Veneziani é cantora, compositora, atriz e fonoaudióloga santista. Seu som passeia por referências de João Donato à Hiatus Kayiote com um toque de poesia e ancestralidade.
23h30 – Marcelo Mariano Quinteto convida Pedro Mariano
Marcelo Mariano é baixista, produtor musical, compositor e arranjador. Filho do pianista e arranjador Cesar Camargo Mariano e da cantora Marisa Gata Mansa. Aos 14 anos, começou sua trajetória artística, acompanhando a mãe. Em 2017, deu início à sua carreira solo. Com seu projeto “Marcelo Mariano Convida” já dividiu o palco com vários nomes. Atualmente, acompanha Djavan em sua nova turnê.
Pedro Mariano, irmão de Marcelo por parte de pai, é o primeiro filho de Cesar e Elis Regina. É também irmão de Maria Rita, João Marcelo Bôscoli e de Luisa Camargo Mariano. A primeira vez que subiu num palco foi aos 12 anos, em um festival de música. Fez 50 anos em abril e acumula na carreira quatro indicações ao Grammy Latino, além de disco de Ouro e 13 Álbuns e cinco DVDs lançados.
01h – Baile Charm Chocolath Chic com DJ Mamuth e convidados
DJ Mamuth é um dos DJs de black music mais conceituados da Baixada Santista. Formado em discotecagem, como autor e intérprete, foi residente de várias casas noturnas de Santos e depois foi para São Paulo. Hoje, atua no Baile Charm Chocolath Chic e, desde 2019, é residente do Santos Jazz Festival.
- Programação de domingo (27) – Pinacoteca Benedicto Calixto
15h – “Cantos & Contos – Elis 80 Anos”, com Idiana Nomma, e lançamento da nova edição do livro “Elis: Nada Será como Antes”, de Júlio Maria
A cantora Indiana Nomma e o biógrafo Júlio Maria intercalam fala e música em um encontro que celebra a vida e a obra de Elis Regina, uma das maiores vozes da música brasileira. Autor da recém-lançada e reeditada biografia “Elis: Nada Será Como Antes”, Júlio Maria fala sobre os bastidores do livro e lembra de histórias pouco conhecidas da cantora, desde seus primeiros anos, em Porto Alegre, até o final da carreira, em 1982. Indiana Nomma interpreta Elis Regina.
Júlio Maria nasceu em São Paulo, em 1973. Colunista do jornal O Globo e biógrafo de Elis e Ney Matogrosso, escreve sobre música para as publicações Valor Econômico e Revista Piauí. Foi repórter e crítico de música durante 20 anos do jornal O Estado de S. Paulo. Colaborou como colunista e comentarista da Rádio Eldorado.
Indiana Nomma, nascida em Honduras, filha de pais brasileiros exilados durante a ditadura militar, morou em vários países. Em quase 30 anos de carreira nacional e internacional e com seis CDs produzidos, recebeu a chancela da família de Mercedes Sosa, como único tributo oficial à maior voz da América Latina, em 2022.
17h – Theorema Trio convida Monna
Novo trio criado pelo músico Theo Cancello, que com sua musicalidade de alto nível encerra a 13ª edição do Santos Jazz Festival, se apresenta junto com a cantora Monna.
Plural
O line-up do Santos Jazz Festival sempre busca representar a diversidade com a presença de artistas negros, LGBTQIAPN+, mulheres e pessoas de todas as gerações justamente para agregar todos os públicos. Aliás, o compromisso com a representatividade LGBT+ foi firmado com o Conselho Municipal de Políticas LGBT (CONLGBT) e segue, como todos os anos, um festival diverso, gratuito e plural.
Desde a primeira edição, em 2012, grandes músicos são homenageados. Já foram mais de 240 apresentações, com mais de mil músicos envolvidos em cerca de mais de 300 horas de música. Também já foram ministradas cerca de 45 oficinas com grandes artistas que passaram pelo festival e músicos locais. Ao todo, mais de 100 mil pessoas já conferiram os shows do Santos Jazz Festival.
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